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segunda-feira, 12 de março de 2018

PRECISO CONFESSAR, SOU HETEROSSEXUAL!!!


Estava com isso preso dentro de mim, e se não tornasse público sentia como se fosse explodir. Sou do sexo masculino e me sinto atraído pelo sexo feminino. E isso não começou agora, nasci assim!
Tenho que fazer outra confissão, sou casado com alguém do sexo oposto. Minha esposa é mulher desde que nasceu (não somos “trans”, nem coisas do gênero). Desde que ela nasceu, tem um órgão sexual feminino e eu, desde que nasci, tenho um órgão sexual masculino. Sou atraído por ela, e, ao que tudo indica, ela também sente-se atraída por mim (mesmo eu não sendo um exemplar dos melhores).
Ufa!!! Como me sinto aliviado!!!
Desculpem, mas tinha que colocar isso para fora. Sei que vou chocar a muitos, mas como isso me fez bem!
Desde criança gostava de brincar com coisas de menino. Futebol, empinar pipa, time de mesa de botão, e etc. Ainda nos primeiros anos percebi que sentia atração por meninas. Quando passava uma que eu achava interessante, eu olhava para ela na intenção que ela olhasse para mim.
Lembro-me que na minha juventude, a capa de uma das revistas semanais mais vendidas do Brasil estampava a fato de uma artista famosa, com as seguintes palavras logo abaixo da foto: “Sou bi, e dai?!” (Aspas no original).
Claro que ela estava confessando que tinha atração tanto por homens, quanto por mulheres. Pois é, naquele tempo não era muito comum, tanto que virava capa de revista.
Mas, desde então, muita coisa aconteceu. Se ser homossexual era pertencer a uma minoria, agora é pertencer à maioria. Está na moda ser gay. O problema é que sou meio anacrônico. Moda nunca foi meu forte. Aliás, esquece o “anacrônico”, sou brega mesmo.
Pelo andar da carruagem, daqui a alguns dias vai ser crime ser heterossexual. Estou preocupado. É que quando esse dia chegar, serei preso.
Mas, pensando bem, por outro lado estou aliviado. Tinha que fazer essa confissão. Minha família já sabia da minha opção sexual. Eles já sabiam também que sou casado com alguém no sexo oposto. Eles sempre me apoiaram. É muito importante ter o apoio da família nessas horas. Também sei que se fosse homossexual eles me apoiariam da mesma forma, mas não posso ir contra o que tem dentro de mim.
Não é fácil ser hétero hoje em dia!!!
Sei que sou um dos primeiros que está fazendo essa confissão. Mas acredito que após mim outros também vão se sentir encorajados para confessarem suas heterossexualidades.
Tenho ciência de que sofrerei preconceito. Quando eu andar na rua as pessoas vão apontar em minha direção e dizer: “Olhem, lá vai o hétero”, “Homofóbico”, “Atrasado”, e coisas do tipo.
Não me importo, não posso negar que nasci em um corpo masculino, sou masculino, e gosto mesmo é de mulher (da minha). Que culpa eu tenho disso? Como eu disse, já nasci assim!
Sim, sou casado com uma mulher, e não é da conta de ninguém. Somos nós dois quem sustentamos a nossa casa, e quem nos critica não paga nossas contas.
Portanto, confesso para todo mundo que sou homem e gosto de mulher, e ninguém tem nada a ver com isso. Quem quiser gostar de mim, que goste como eu sou. Não vai ser minha opção sexual que vai definir meu caráter.
Ass. Um heterossexual assumido.

quarta-feira, 12 de julho de 2017

O MELHOR NEGÓCIO QUE JÁ FIZ

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Agnelo Baltazar Tenório Férrer





Sendo sábio o investidor
Busca o lucro ao negociar
No comércio age com inteligência
Agindo com grande prudência
Observando tudo com paciência
Pois do contrário o prejuízo pode amargar

Cada um tem seu ramo
No qual adquiriu conhecimento
Um no comércio é especialista
Outro negocia com tudo que dá na vista
Porém tanto um como o outro são capitalistas
E da riqueza buscam sempre o aumento

É comum nas transações
Que sempre se queira lucrar
Lucro é o objetivo final
E isso sempre foi algo normal
Quem age assim, não age mal
Só não vale é trapacear

Imagine, por exemplo
Alguém que seja negociante
Comprando algo por um valor
Vendendo em seguida por preço inferior
Logo logo será apenas devedor
Sua riqueza desaparece num instante

Mas quero aqui confessar
Um negócio fora do comum
Conheci um certo negociante
Que pagou um preço exorbitante
Uma quantia maior do que todo o ouro e diamante
Em troca de algo sem valor algum

Quando ele fez a proposta
Dizendo o que queria comprar
Fiquei muito admirado
Imaginando que ele tinha se enganado
Aquilo que queria não tinha valor agregado
E só servia para no lixo jogar

Após deixar bem claro
Qual seria o objeto da negociação
Não tive como negar
Pois aquilo que ele pretendia arrebatar
Era algo comum, sem valor e vulgar
Na verdade não valia nem um tostão

O mais interessante veio a seguir
Ao dizer o valor que pagaria
Confesso que quando ouvi
Uma falta de ar eu senti
Por pouco eu quase morri
Era muito por algo que nada valia

Neste momento pude perceber
Que ele pôs diante de mim
A maior negociação que alguém me fez
Iria resolver meus problemas todos de uma vez
Ainda fico sem fôlego quando conto isso a vocês
Seria infinitamente lucrativo para mim

No início fiquei desconfiado
Com toda a vantagem oferecida
Aquilo não se podia imaginar
Em apenas um negócio poder tanto lucrar
Vender tão caro algo que ninguém queria comprar
De fato era o grande negócio de minha vida

Eu lhe indaguei com respeito
Falando educadamente
Disse: o negócio é vantajoso demais
Se concretizarmos minha vida terá paz
Não terei receio de nada jamais
Tem certeza que quer por isso a frente?

Após um breve sorriso
Falou com toda convicção
Se não acreditas no que falei
Então te digo que a proposta dobrarei
Se achares pouco muito mais ainda darei
Apenas diga sim à minha negociação

Então foi minha vez de falar
Sendo assim não posso recusar
Nenhuma vantagem tu terás
Estas pagando um preço auto demais
Mas se isso te satisfaz
O negócio nós vamos fechar

Isso já faz bastante tempo
Mas jamais me esquecerei
Desde então sou mais feliz
Quando ele minha vida quis
O melhor negócio que eu já fiz
Quando para Jesus eu me entreguei





GRAÇA INFINITA: DARWIN TINHA RAZÃO!

GRAÇA INFINITA: DARWIN TINHA RAZÃO!: DARWIN TINHA RAZÃO ! Agnelo Baltazar Tenório Férrer Os seres vivos foram criados “por um sopro do Criador”. Qual seria a ...

domingo, 2 de julho de 2017

AS PROFECIAS BÍBLICAS, O DESCRENTE E O PAPAGAIO



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Por Agnelo Baltazar Tenório Férrer


Durante esses mais de 2000 mil anos de cristianismo, e mais outros milhares de anos que se passaram desde a criação do Mundo, nós vemos o Senhor nosso Deus agir de forma maravilhosamente incomparável.
Quem é deus, como o nosso Deus, que desde o início já anuncia como será o fim (Isaías 46:10).
De fato, desde o início o Senhor vem anunciando como os fatos da história aconteceriam, e verdadeiramente tudo o que o Senhor determinou como seria, cumpriu-se fielmente à risca. Ainda lá no Éden, o Senhor anunciou que enviaria o Salvador, aquele que esmagaria a cabeça da serpente, ou seja, o Cordeiro de Deus que, por sofrer o castigo dos pecados que não eram seus, tem poder e autoridade para tirar o pecado do Mundo.
Deus não apenas prevê o futuro, mas é Ele quem o escreve.
O Velho Testamento é repleto de profecias sobre Israel, sobre personagem específicos, ou mesmo sobre o próprio Apocalipse, como vemos no Livro do Profeta Daniel.
Nenhuma das profecias preditas por nosso Deus, deixou de se cumprir. Absolutamente todas aconteceram, e isso não é novidade alguma para seus servos, pois em Sua Santa Palavra, afirma que desde o início das coisas, Ele já anuncia o fim (Is. 46:10).
Algumas pessoas, sendo usadas pelo inimigo de nossas almas, ou então simplesmente falando sem saber o que estão dizendo, como um papagaio que apenas repete o que ouviu, mas que não têm a mínima noção do que significa o som que sai da sua boca, insistem em afirmar que a Bíblia Sagrada não é verdadeira.
Eu não vou rebater essas vozes infundadas, pois seria o mesmo que discutir com um papagaio. Para os tais, refiro-me aos que não acreditam na Bíblia, e não aos papagaios, a Bíblia é inquestionavelmente mentirosa. Porém pergunto a estes: quantos de vocês já leram-na — mesmo que não toda ela, mas ao menos o Novo Testamento —, para afirmar que seu conteúdo não é verdadeiro?
Certamente que nenhum, por isso que digo, não passam de papagaios.
Aliás, esses, refiro-me agora aos papagaios, são a prova que Deus existe, posto que, não obstante não saibam o que estão dizendo (tal qual seus colegas, os críticos da Bíblia que não a conhecem), porém alguém lhes deu uma capacidade de ouvir e de reproduzir o som que estão ouvindo, e tudo isso contando apenas com o cérebro de um simples animal irracional. Seria a evolução que ensinou a estes fantásticos animaizinhos a falar? Obviamente que não. Mas foi o Senhor, o Criador de tudo, tanto dos papagaios quanto dos humanos ingratos que nEle não acreditam, que assim os fez.
Usam de todo tipo de argumento na tentativa de desacreditar a Palavra de Deus. Como disse, não vou rebatê-los, mas se querem algo científico para comprovar a veracidade da Bíblia, procurem acerca das descobertas arqueológicas sobre os relatos históricos descrito na Bíblia.
Atacam também as profecias bíblicas, quando sequer têm a mínima noção que todas elas cumpriram-se, conforme relatado pelo Senhor. Por exemplo, afirmavam que as profecias bíblicas sobre o apocalipse não poderiam acontecer, pois muitas delas hão de ocorrer em Israel. O problema era que Israel sequer tinha território, logo onde tais fatos anunciados desde o início pelo Senhor iriam acontecer?!
Pois bem, para o mal dos fantoches do inimigo, e dos papagaios-bípedes-ingratos, em 1948 a ONU, mediante o voto de minerva do Brasil, decidiu devolver aos Judeus uma parte da Palestina, para que eles tivessem novamente um território. Assim, os judeus que estavam espalhados pelo mundo, voltaram voando em aviões para sua terra. Aliás, esse fato de que os judeus retornariam ao seu território, também foi profetizado centenas de anos antes do fato ocorrer (Is 11:10-12).
Depois afirmaram que, não obstante Israel agora tenha um território, porém o Templo de Salomão está totalmente destruído desde o ano 70 d.C., pelo general Tito. O problema é que existe também uma profecia, predita pelo próprio Senhor Jesus, que vaticinou que o anticristo entrará no Templo, e exigirá adoração, assim como também predito pelo profeta Daniel (Mateus 24:15. Daniel 9:27, 11:31, 12:11). Pois bem, como ele entrará no Templo, se o Templo sequer existe, e em seu lugar está construído o Domo da Rocha, que é um lugar sagrado para os mulçumanos?
Ou seja, o anticristo não vai poder entrar no Templo se ele não existe. (Não, aquele construído lá em São Paulo não serve)
Pois bem, mais uma vez, para a glória de Deus, e para a confirmação da Bíblia Sagrada, os sites de notícias, a exemplo do Gospel Prime, noticiaram que o Estado de Israel irá reconstruir o Templo de Salomão, planejando seu término para o ano de 2018 (sim, ano que vem). É sabido que os judeus americanos milionários têm o Templo todo pronto, desmontado, esperando apenas um lugar para reconstruí-lo. Enquanto ao fato de existir uma construção em seu lugar, isso nada quer dizer, pois quem disse que o Templo deve ser reconstruído exatamente no mesmo lugar de outrora.   
Assim, havendo um Templo, então o anticristo poderá entrar nele, e, enfim, mais uma vez, assim como todas as outras profecias, essa também se cumprirá.

Tenho certeza que se um papagaio pudesse raciocinar e falar com inteligência, eles diriam a quem não acredita em Deus, ou em sua Palavra: "Creio sim em Deus, e na Bíblia! Quer prova maior do que eu, que além de lindo, colorido e falante ainda sei voar? Não vai me dizer que você acredita ser descendente do macaco!? Por favor, meu ouvido, que Deus me deu, não é lixeiro! Se você quer ser família do macaco, que seja, eu sou descendente do primeiro casal de papagaio que o Senhor Deus criou. Tem que ser muito irracional para acreditar nisso! Da licença que não perco tempo conversando abobrinha! Descendente do macaco??!! Só não dou-lhe um beliscão com meu bico porque tenho educação e sou totalmente contra à violência! Esses humanos têm cada ideia! Não é à toa que são tão problemáticos!"       

sexta-feira, 28 de abril de 2017

SÁBADO OU DOMINGO?




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SÁBADO OU DOMINGO?
Agnelo Baltazar Tenório Férrer

Afinal de contas, qual o verdadeiro dia do Senhor, sábado ou domingo?
Um dos temas mais conflitantes entre as igrejas evangélicas é sobre a guarda do dia do Senhor, não exatamente sobre a guarda em si, mas sobre qual seria o dia correto para se fazer isso.
Ou seja, à luz da Bíblia, qual seria o dia correto que poderíamos considerar como o dia a ser dedicado a Deus, sábado ou domingo?
Analisando as igrejas que se dizem cristãs, a esmagadora maioria guardam o domingo, estando os sabatistas em franca minoria.
Sabemos que antes mesmo da instituição de lei de Moisés, ainda lá no Gênesis, ao terminar toda a criação, no 6º dia, o Senhor, no 7º dia (Gn 2:2), descansou, e, claro, não o fez porque estivesse cansado, nem por necessidade alguma de sua natureza, mas sim Ele o fez para que nós também o fizéssemos.
O sábado, por tanto, não é coisa da lei mosaica, mas sim uma instituição divina.
Porém, veio Jesus, o Senhor do sábado, e junto com Ele veio também o Novo Testamento, cuja doutrina foge de qualquer pacto antigo, posto que inaugura a Nova Aliança (Hb 7:22), que não mais se utiliza de sangue de bodes e de touros, mas sim do Sangue do Cordeiro de Deus, que, como já dissemos, é o Senhor do Sábado.
Os dominicais afirmam que o sábado era uma ordenança da Velha Aliança, e que a Nova Aliança revogou a necessidade de se guardar o sábado, afirmam ainda que quando o Novo Testamento faz referência ao dia do Senhor, tal dia sempre é o domingo, e que, de todos os Dez Mandamentos, o único que não encontra confirmação neotestamentária é justamente o 4º mandamento, que diz “lembra-te do dia do sábado para o santificar”.
Os sabatistas, em contrapartida, afirmam que o próprio Jesus afirmou que seus ouvintes deveriam orar para que a fuga da Grande Tribulação (Mt 24:20) não ocorresse no sábado. Alegam ainda que o sábado deve ser guardado pois foi ordenança divina instituída no Éden, além de que seria um mandamento inserido no decálogo, ou seja, nos Dez Mandamentos.
Particularmente não gosto muito do domingo. Não que haja algum motivo especial, ou espiritual, nem que minhas predileções pelo dia da semana tenham alguma importância para o tema abordado (nem para tema algum!). Mas a verdade é que nunca gostei muito do domingo, pois, mesmo gostando da igreja e da Escola Bíblica, o domingo era um dia onde, mesmo não havendo aula (confesso que nesse ponto eu era grato ao domingo), as lojas eram fechadas, e as ruas estavam desertas, o que causava em mim uma certa melancolia.
Outro dia assisti um sabatista pregando na TV, enfatizando repetidamente a importância de se guardar o sábado. Ele deixou bem claro que a guarda do sábado não de dava para a salvação das pessoas, mas sim como uma obediência à Lei do Senhor (não o entendi! Obedeço só por obedecer?!). No entanto, mesmo sendo sincero em relação a tal verdade (que a guarda do sábado não é causa vital para a salvação dos indivíduos), ele porém tratou o sábado muito mais como um ser vivo onipotente, que tem poder para operar bênçãos e proteção naquelas pessoas que o guardam.
Ele falou algo do tipo: “o sábado te abençoa”, “o sábado te protege”, “o sábado de deixa mais próximo de Deus”, além de algumas outras ideias que me fizeram pensar que para aquele pregador o sábado estaria muito mais para um ente personalizado, um ser vivo como dito, ou uma divindade talvez, do que propriamente para um dia da semana, que aliás era o dia em que minha mãe fazia a feira (talvez por isso eu goste mais dele do que do domingo!).
Aquele pregador parecia mais um católico falando sobre Maria a mãe de Jesus, do que propriamente de um dia da semana.
Sinceramente, se eu não soubesse o que era o “sábado”, após ouvir o pregador da TV, certamente pensaria que o “sábado” era o nome de algum ser místico e poderoso, ou então que seria um objeto mágico que, uma vez a pessoa não perdendo-o, mas guardando-o fielmente, seria abençoado por ele. Jamais imaginaria que o “sábado” era o nome dado a um dos dias da semana.
Mas então, sábado ou domingo, qual devemos guardar?
É verdade que o Novo Testamento nos afirma que a lei mosaica foi abolida quando do surgimento do Messias. O próprio Senhor Jesus disse que a lei e os profetas vigoraram até João Batista (Lc 16:16). Em Atos vemos a realização do primeiro Concílio da Igreja, o qual ficou conhecido como Concílio de Jerusalém, e que se originou da controvérsia acerca da necessidade ou não da circuncisão, mas que abrangeu, na verdade, a necessidade ou não de se guardar a lei mosaica. E o resultado do Concílio foi que: eles se abstivessem da prostituição, da carne sufocada, dos ídolos e do sangue, e nada foi dito sobre o sábado. Em Romanos vemos que a nossa justificação vem pela Graça e não pela lei (3:28). Aos Gálatas Paulo é ainda mais contundente, afirmando que estão separados de Cristo os que querem ser justificados pela lei (5:4). Além de outros textos que comprovam a não necessidade de guarda sabática.
Por outro lado vemos uma certa interpretação muito expansiva dos dominicais, ao se utilizarem de alguns textos para defenderem a guarda do domingo. Segundo os historiadores, teria sido o imperador Constantino quem ordenou que se guardasse o domingo.
Todavia, deixando de lado todo amor às placas de igreja, se quisermos de fato ser sinceros, a verdade é que não existe um texto claro no Novo Testamento, ordenando que os cristão deveriam guardar o domingo. Se algum texto sagrado do Novo Testamento fez referência ao domingo, como sendo o dia do Senhor, além de ser muito sutil, isso não significa dizer que se deve sabatizar o domingo.
Por tanto, mais uma vez se pergunta: sábado ou domingo, qual devemos guardar?
Resposta: NENHUM!
Isso mesmo, NENHUM!
Vou dizer de novo: NENHUM!
Causa-me tristeza que às portas da volta de Cristo, os crentes ainda não tenha compreendido isso: não há mais dia do Senhor, pois todos os meus dias são do Senhor.
Escrevendo aos Gálatas, Paulo diz que se eles estavam fazendo a guarda de dias, meses, tempos e anos, então, afirmou o apóstolo dos gentios, “temo que a vosso respeito tenha eu trabalhado em vão” (Gl 4:10,11).
Ora, esse texto não deixa margem para qualquer dúvida, porém os dominicais aplicam-no apenas aos sabatistas. Ora, porque aplicar apenas ao sábado, e não ao domingo também?! No entanto, a claridade do texto mostra que ele é um princípio basilar da Palavra de Deus.
Vejamos o seguinte: quando analisamos Gálatas 4:10,11, juntamente com Colossenses 2:16,17, onde Paulo diz que os irmão em Colossos, não deveriam deixar que ninguém os julgasse em relação ao que eles bebiam, comiam, por causa dos deias de festas, ou de lua nova, ou de sábados, pois todas as coisas são sombras de Cristo (Cl 2:16,17), nós chegamos à conclusão que não há mais necessidade alguma de guardamos determinado dia da semana específico. Nem o sábado, nem o domingo.
Nesse ponto, nós devemos entender a essência da Palavra de Deus: (1) Estamos crucificados com Cristo, e não vivemos mais, porém Cristo é quem vive em nós (Gl 2:20); (2) Nós não apenas somos um em Cristo, mas somos de Cristo (Gl 3:28); (3) Nós não vivemos para nós mesmos, pois se vivemos, é para o Senhor que vivemos, se morremos, é para o Senhor que morremos, de forma que, mortos ou vivos, somos do Senhor (Rm 14:7,8); (4) Nosso corpo não é mais nosso, mas sim de Cristo, pois fomos comprados por preço (1 Co 6:15,20); (5) Somos escravos de Cristo (1 Co 7:22); (6) Somos povo adquiridos por Deus (1 Pe 2:9); e etc.
Vários outros textos nos comprovam que pertencemos ao Senhor, somos sua propriedade, e quando a Bíblia nos diz isso, não está usando uma linguagem poética, mas está usando uma linguagem literal, muitas vezes empregando termos utilizados nas transações mercantis (p. ex., “tetelestai”, Jo 19:28-30).
Do Senhor é a Terra, não apenas uma parte dela, mas a sua totalidade, e não apenas a Terra é do Senhor, mas também os que nela habitam (Sl 24:1). Além do mais, tudo é dEle, por Ele e para Ele (Rm 11:36), e todas as coisas foram feitas por intermédio dEle, e sem Ele nada do que teria sido feito se fez (Jo 1:3).
Somos de fato e por direito pertencentes ao Senhor. De fato, porque Ele nos criou. Por direito, porque além de nos criar, também nos comprou com o seu Sangue.
Apenas a título de exemplo, podemos dizer que se existisse um documento listando especificamente tudo o que pertence ao Senhor, em um dos itens constaria: “Os seres humanos”.
Então, diante disso, em referência à questão do sábado X domingo, podemos afirmar que não há outra conclusão, senão que não há mais dia do Senhor, pois agora todos os nossos dias são do Senhor.
Sendo propriedade, sendo escravo, sendo mera criação, sendo comprado, Cristo vivendo em mim, então todos os dias da minha vida são do Senhor. Todos os dia da semana devem ser um sábado de santidade e adoração, bem como um domingo de serviço e consagração.
Quem acredita que dando um dia ao Senhor está sendo um servo fiel e dedicado, ainda não entendeu a obra vicária de Cristo na cruz do Calvário!
Ora, qual o escravo que não vive todo os dias para o seu Senhor?!
Logo, é errado dedicarmos o domingo ou o sábado para irmos à igreja? De forma alguma, mesmo porque, durante a semana, via de regra, trabalhamos, e não podemos nos dedicar integralmente tanto quanto podemos nos dias de folga.
Seria então erro alguém dedicar-se mais nesses dias ao Senhor? De forma alguma, pois há quem faça diferença entre dias, outros julgam iguais todos os dias, o importante é que se esteja inteiramente convicto do que se faz (Rm 14:5).
Quer guardar o sábado ou o domingo?
Guarde, mas sabendo que está fazendo isso apenas por vontade própria, e que em nada vai auxiliar na sua salvação. Sabendo também que aquele que não guarda dia, como você, em nada é mais fraco.
Assim, o erro é afirmar que a guarda de determinado dia irá influenciar na salvação de alguém, ou que é obrigatório na Nova Aliança.
Jesus não aboliu a lei, mas tornou-a mais profunda no Novo Testamento, pois se homicídio era tirar a vida de alguém, agora homicídio é aborrecer o irmão; se adultério era a conjunção carnal, agora basta um olhar de desejo; se bastava dar o dízimo, agora devo dar o que for necessário; e se havia um dia de dedicação ao Senhor, agora todos os dias devem ser dedicados a Ele.
Em suma, a Nova Aliança veio tirar os limites que havia em nossa vida com Deus, fazendo com que minha vida seja, em todos os aspectos, ilimitada para o Senhor.
Porém, se ainda insistem em manter a guarda de um determinado dia da semana, mesmo após tudo o que a Bíblia diz, então, proponho a criação de um novo dia da semana chamado “Sabingo”, iniciando-se ao meio dia do sábado, e findando-se ao meio dia do domingo.
   

segunda-feira, 6 de março de 2017

XEQUE-MATE NOS DESIGREJADOS


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XEQUE-MATE NOS DESIGREJADOS

Agnelo Baltazar Tenório Férrer

Infelizmente vez por outra surge no meio cristão certas “ondas do momento”. São espécies de movimentos que chamam atenção, sempre marcados por determinadas peculiaridades, e que arrebatam uma grande quantidade de pessoas (aqueles que são levados por todo vento de doutrina!).  
Quem não lembra do “dente de ouro”, ou da unção do “cai-cai”? Não podemos esquecer também da moderna renovação apostólica, com homens que querem se igualar aos doze discípulos de Cristo. Obviamente que desejam essa nivelação com os apóstolos de Cristo apenas no tocante a autoridade dos doze, jamais com o sofrimento que eles passaram.
Enfim, esses e vários outros “movimentos” que assolam a igreja, deixam cicatrizes profundíssimas, e tão rápido quanto aparecerem, da mesma forma somem.
Uma destas “ondas” que vem surgindo (ressurgindo na verdade), cujo número de simpatizantes vem aumentando de forma vertiginosa, é o chamado grupo dos “desigrejados”. São pessoas que em sua maioria se dizem crentes e que já frequentaram uma determinada denominação, mas que agora afirmam não ser mais necessário a existência de igrejas. 
Os tais usam o seguinte (falso) silogismo: uma vez que somos o templo do Espírito Santo, então não há mais necessidade alguma que façamos parte de uma igreja, posto que nós mesmos somos a igreja, ou melhor, o templo do Espírito Santo. Sendo assim, concluem eles, não há mais razão alguma para termos igrejas.
Depois destes frágeis argumentos, eles concluem que igreja é um local que só serve para a dominação das pessoas e o roubo de dinheiro mediante o dízimo.
Pois bem, à luz de toda a Bíblia Sagrada, e principalmente do Novo Testamento, gostaria de dizer-lhes algo sobre a igreja. E penso, sem qualquer presunção ou arrogância, que os argumentos abaixo esposados será um “xeque-mate” em seus argumentos, que nada mais são do que falsos silogismos. 
Creio que será um “xeque-mate”, não em decorrência de qualquer sabedoria que eu possa ter, uma vez que minha sabedoria é tão profunda quanto profundo também é o conhecimento de Bíblia de um desigrejado (ou seja, ambos são nada), mas sim pelo fato de que creio na força da Palavra de Deus. Esta sempre dá um “xeque-mate” em qualquer assunto que lhe afronte.   
É bom que se diga que essa “doutrina” dos desigrejados não é algo novo, mas muito mais velho do que imaginamos. Na verdade essa ideia de que não necessitamos de igreja, já remonta aos libertinos, durante a fase da patrística. Sempre houve, inclusive no Antigo Testamento, pessoas que desvirtuavam o ensino Sagrado, questionando e desdenhando dos mandamentos do Senhor, modelando-os ao sabor de suas necessidades. 
Assim, os desigrejados não passam da reprise de uma história já rejeitada pela história.
Então, seguem os argumentos que aniquilam a tese destes:

A IGREJA NO ANTIGO TESTAMENTO

1º - IGREJA NÃO É UMA INVENÇÃO HUMANA, MAS SIM UMA CRIAÇÃO DIVINA

A igreja não é uma invenção humana, mas sim uma criação de Deus. O Senhor sempre ordenou que houvesse um local para sua adoração. Assim, Deus disse ao seu povo que fizessem um santuário para que o próprio Deus pudesse habitar no meio deles. Tal lugar foi chamado de o Tabernáculo, que nada mais era do que uma igreja móvel que serviu ao povo durante todo seu período de peregrinação no deserto, e ainda durante muito tempo mesmo quando já instalados na terra prometida de Canaã.
O Livro do Êxodo, a partir do capítulo 25 até o final do Livro, no capítulo 40, praticamente é dedicado às ordenanças de construção do Tabernáculo. É interessante notar o cuidado que o Senhor tem com cada detalhe do Tabernáculo, desde a construção em si, especificando a espécie da madeira, as cores das panos e das cortinas, até mesmo as roupas de baixo dos sacerdotes, os quais iriam servir naquele local sagrado.
E como disse, esse Tabernáculo foi com o povo durante toda peregrinação, e só foi substituído quando Salomão construiu o Templo.
Senhor também determinou, e alertou severamente ao seu povo, que O adorasse apenas em um único lugar, o qual Ele especificaria sua localização (Dt. 12:1-19).
Assim, o Templo, ou a igreja, não é uma invenção humana, mas uma criação divina. Não foi o ser humana quem teve a ideia de ter um lugar reservado e consagrado ao Senhor, mas foi o próprio Senhor quem determinou que se houvesse um lugar reservado para Si.

2º - O SALMISTA CANTA O SEU AMOR PELA CASA DE DEUS

Encontramos no Livro dos Salmos vários textos onde o salmista declara o seu respeito, admiração e, principalmente, o seu amor pela Casa de Deus. O Livro dos Salmos, que como sabemos é o Livro dos Louvores do povo israelita, tem como um dos seus principais temas a Casa de Deus. Assim, constantemente o povo de Israel louvam ao Deus Todo-Poderoso, entoando cânticos ao  local de sua habitação
Eis alguns pouquíssimos exemplos:

Salmos 22:22: "Então declararei o teu nome aos meus irmãos; louvar-te-ei no meio da congregação".
 Salmo 23:6 ‘b’: “habitarei na Casa do Senhor enquanto eu viver.”
Salmos 26.8: “Eu amo, SENHOR, a habitação da tua casa e o lugar onde a tua glória assiste”
Salmos 26:12: "O meu pé está posto em caminho plano; nas congregações louvarei ao Senhor."
Salmos 27.4: “uma coisa peço ao Senhor e a buscarei: que eu possa morar na Casa do Senhor todos os dias da minha vida...”
Salmos 29.9: “no seu templo tudo diz: Glória”.
Salmos 48.9: “pensamos, ó Deus, na tua misericórdia, no meio do teu templo”.
Salmos 69.9: “o zelo da tua casa me consumiu”.
Salmo 84.1-4: “Quão amáveis são os teus tabernáculos, SENHOR dos Exércitos! A minha alma está desejosa, e desfalece pelos átrios do Senhor; o meu coração e a minha carne clamam pelo Deus vivo. Até o pardal encontrou casa, e a andorinha ninho para si, onde ponha seus filhos, até mesmo nos teus altares, Senhor dos Exércitos, Rei meu e Deus meu. Bem-aventurados os que habitam em tua casa; louvar-te-ão continuamente."
Salmos 92:13-14: "Os que estão plantados na casa do Senhor florescerão nos átrios do nosso Deus. Na velhice ainda darão frutos; serão viçosos e vigorosos."
Salmos 122:1: "Alegrei-me quando me disseram: Vamos á casa do SENHOR."

3º - OUTROS TEXTOS DO ANTIGO TESTAMENTO QUE DEMONSTRAM RESPEITO E AMOR À CASA DE DEUS

Não apenas os salmistas, mas também outros escritores sagrados foram inspirados por Deus para escreverem sobre à Casa do Senhor, como por exemplo: Eclesiastes 5:1 - Guarda o teu pé, quando entrares na casa de Deus. Habacuque 2:20 - Mas o Senhor está no seu santo templo; cale-se diante dele toda a terra.
Praticamente em todo o Velho Testamento encontramos textos que se referem à Casa de Deus.
Aproximadamente no ano 586 a. C., a cidade de Jerusalém foi destruída por Nabucodonosor, e o povo de Deus fora levado cativo para a Babilônia. Ocorre que em 538 a. C., o rei Ciro permitiu que os judeus voltassem à cidade de Jerusalém. Quando o povo voltou para a cidade, todos tiveram o cuidado de reconstruir suas casas, mas ninguém se lembrou de reconstruir a Casa de Deus. Vemos então no capítulo 1 do Livro do Profeta Ageu, o Senhor indignado com os israelitas por eles não terem reconstruído o Templo. 
O Senhor chega inclusive a afirmar que a causa deles estarem sendo amaldiçoados, é justamente porque não reconstruíram a Casa Deus, então eles reconstroem o Templo.

A IGREJA NO NOVO TESTAMENTO

Até aqui nos referimos apenas a textos do Antigo Testamento, sendo que os defensores da ideia de que não há mais necessidade de igreja, alegam justamente que a obrigatoriedade de fazermos parte de uma igreja, seria um mandamento do passado, da Velha Aliança, sem qualquer valia para a época da Graça. Afirmam ainda, como já dissemos, que uma vez que somos o Templo do Espírito Santo, então não necessitamos mais de igreja, ou seja, defendem a seguinte ideia: “Se sou o templo, então para que igreja?”.
Outros até mesmo chegam a afirmar, em uma nítida comprovação de desconhecimento bíblico, que o Novo Testamento não mais ordena que alguém faça parte de uma igreja.
Curiosamente, o tema "igreja" no Novo Testamento é mais comum do que no Antigo Testamento. Aliás, podemos dizer que no Novo Testamento, a igreja é muitas vezes mais discorrido do que no Antigo Testamento.
Assim, mesmo sendo nós o Templo do Espírito Santo, ainda assim a Nova Aliança mantém firmemente a doutrina da necessidade da igreja. Vejamos:

4º - JESUS CRISTO E A IGREJA

Quando falamos sobre comportamento, ou seja, quando debatemos e questionamos a necessidade de fazer ou não determinada coisa, ou ainda, quando perquirimos se devemos ou não fazer algo, nós devemos, antes de qualquer coisa, olhar para Àquele que foi o único Homem perfeito, sem pecado, o qual é o nosso único modelo de perfeição, a saber: o Senhor Jesus Cristo.
Por tanto, qual foi a relação entre Jesus Cristo e a igreja durante todo o tempo do seu Ministério terreno?
No Evangelho de Lucas 2:39-49, vemos quando Jesus, com apenas 12 anos, perde-se dos seus pais. Sendo encontrado apenas três dias depois, dentro do Templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os. Quando sua mãe lhe pergunta: "por que fizeste assim conosco? ",Jesus então lhe responde: "Por que me procuravas? Não sabeis que convém tratar dos negócios do meu Pai?" É como se Jesus estivesse dizendo: "é óbvio que eu só poderia estar em um lugar, na Casa de meu Pai".
Observamos no Evangelho de João, em seu capítulo 2, a partir do versículo 13, que foi dentro do Templo que Jesus protagonizou a maior cena de intrepidez e força física, ao ver os cambistas fazendo da Casa do Seu Pai um covil de salteadores. Em nenhuma outra situação se pode ver o Mestre agir como Ele agiu nessa passagem (fazendo inclusive um azorrague com cordas). E o fez apenas por um motivo: zelo pela Casa do seu Pai.
Em Mateus 4:23 vemos que o Ministério terreno de Jesus consistia em ensinar nas sinagogas. Ora, é de se observar a importância não apenas do Templo, mas também das sinagogas. Ainda no Evangelho de Mateus 9:35, vemos que Jesus percorria todas as cidades e aldeias ensinando nas suas sinagogas
Vários são os textos onde podemos observar a relação íntima entre Jesus, o Templo e as sinagogas (Mateus 26:55, Lucas 4:44, 6:6, 19:47, 20:1).
Ao ser preso, o próprio Jesus afirmou que não havia necessidade de saírem ao seu encontro para o deterem, pois Ele estava todos os dias no Templo (Mateus 26:55).
Foi em uma sinagoga, mais precisamente na sinagoga de Nazaré, que cumpriu-se a profecia predita pelo profeta Isaías, 61:1 (Lucas 4:14-21).
Assim, o Senhor Jesus nunca deixou de ser um assíduo frequentador do Templo e das sinagogas, o que nos leva a concluir que de fato é de suma importância que nós frequentemos a Casa de Deus. Ora, se o próprio Deus durante todo o tempo em que esteve em nosso meio viu a necessidade de frequentar o Templo e as sinagogas, que dirá nós!
Após a ascensão de Jesus, a Bíblia nos informa que os discípulos de Cristo estavam “continuamente no Templo” (Lucas 24: 53).

5º - A IGREJA NO LIVRO DE ATOS

Após a assunção de Jesus ao Céu, nós podemos observar que a ideia de igreja não foi finalizada. Muito pelo contrário, é a partir desse ponto na história do cristianismo que podemos observar a importância da igreja.
Em Atos 2:1, vemos o texto que nos fala acerca da profecia predita pelo profeta Joel 2:28, referente à descida no Espírito Santo, observamos que todos os seguidores de Cristo estavam reunidos em um mesmo lugar. Ou seja, não estava cada um cultuando em sua casa, ou mesmos dispersos em lugares isolados. Mas, ao contrário, eles se reuniram para louvar e buscar ao Senhor.
Em Atos 2:26 e 5:42, observamos que os seguidores de Jesus estavam todos os dias no Templo.
Em Atos 8:1 podemos ver que a Igreja começou a ser perseguida. A igreja que ficava na Antioquia se desenvolveu tanto que surgiram-lhe profetas e mestres (Atos 13:1).
O apóstolo Paulo, logo quando da sua conversão, foi para as sinagogas e pregava a Jesus (Atos 9:20). 

6º - AS EPÍSTOLAS DESTINADAS ÀS IGREJAS

 As grandes epístolas são dirigidas não a pessoas específicas, mas a integrantes de igrejas, ou de grupo de igrejas: Romanos (igreja em Roma, 1:7), 1º Coríntios (igreja em Corinto, 1:2), 2º Coríntios (igreja em Corinto, 1:1), Gálatas (todas as igrejas da região Galácia, 1:2), Efésios (igreja em Éfeso, 1:1), Filipenses (igreja em Filipos, 1:1), Colossenses (igreja m Colossos, 1:2), 1º Tessalonicenses (igreja em Tessalônica, 1:1), 2º Tessalonicenses (igreja em Tessalônica, 1:1), Hebreus (igreja formada por judeus que se converteram ao cristianismo, 7:22), Tiago (igrejas formadas pelos judeus convertidos que não estavam no território da Palestina, mas na Dispersão, 1:1), 1ª Pedro (igrejas formadas pelos estrangeiros dispersos nas regiões do Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia, 1:1), 2ª Pedro (a todas as igrejas existentes, 1:1), Judas (uma igreja que estava sendo atacada por falsos mestre).
Ora, sendo assim observamos que a esmagadora maioria das epístolas do Novo Testamento, não são destinadas a determinadas pessoas, mas sim a igrejas que já existiam e necessitavam de ensinamento e exortação.

7º -  AS EPÍSTOLAS PASTORAIS

Como vimos, a grande maioria das epístolas do Novo Testamento têm por destinatárias as igrejas que já existiam naquela época. No entanto, além dessas epístolas eclesiásticas (ou gerais), podemos observar ainda outras três epístolas, as quais, não obstante tenha sido destinadas a indivíduos particularmente, porém o seu conteúdo é de cunho pastoral, a saber: 1º e 2º Timóteo e Tito.
Ou seja, o conteúdo dessas três epístolas pastorais gira em torno da pessoa dos pastores, como devem ser escolhidos, qual o procedimento correto, e etc. Ora, se não fosse necessário mais igrejas, então também não haveria essa preocupação com a formação dos líderes.

8º - PROIBIÇÃO DE NÃO ABANDONAR A IGREJA

Em Hebreus 10:25, a Bíblia manda que não devemos abandonar a nossa congregação, como é costume de alguns. Assim, se não fosse mais necessário fazermos parte de alguma igreja, logo tal mandamento seria inócuo.

9º - A EXISTÊNCIA DOS OBREIROS

A Bíblia deixa bem claro acerca da existência de um corpo de obreiro, ou seja, de ministros que vão servir nas igrejas, para a edificação dos seus membros. Assim, Deus pôs, na igreja, primeiramente apóstolos, depois profetas, doutores, operadores de milagres, operadores de curas, pessoas para socorrerem outros, pessoas para governarem e pessoas com dons de línguas (1º Coríntios 12:28).
Desta forma, se não há mais necessidade de igreja, então porque a Bíblia afirma que Deus pôs na igreja tais espécies de obreiros?

10º - O LIVRO DO APOCALIPSE

O Livro do Apocalipse foi dirigido às sete igrejas que estão na Ásia (1:4). E não apenas isso, mas verifica-se que existem advertências para tais igrejas, bem como para seus “anjos”, ou pastores.
Vemos no capítulo 1º que as igrejas são representadas por castiçais de ouro, e que o Senhor Jesus passeia entre as igrejas.
É interessante notar que João fez questão de frisar que ele não viu templo na nova Jerusalém, porque o seu templo é o próprio Senhor (21:22). Ora se ele dirigindo uma carta a sete igrejas, João faz questão de dizer que a nova Jerusalém não terá mais templo, então é sinal de que apenas lá não haverá necessidade de templo, porém aqui necessitamos sim de igreja.

CONCLUSÃO

Durante toda a história da humanidade, o Senhor sempre determinou um  lugar específico consagrado para Si. E, como vimos, o Novo Testamento gira em torno da igreja, a qual sempre existiu.
Não é o fato de sermos o templo do Espírito Santo que fará com que nós não precisamos mais de um lugar consagrado ao Eterno. Ser o templo do Espírito Santo não nos dá o direito de abandonar a Casa de Deus, pois se o Espírito Santo está em nós, muito mais então nós devemos estar na Casa de Deus. 
Ser o templo do Espírito Santo, não faz de mim igreja. Ser o templo do Espírito Santo faz de mim sua morada, porém, mesmo sendo sua morada, ainda continuo ter a necessidade de fazer parte de uma igreja. Aliás, sabedor da importância de ser a morada do Espírito Santo, não posso jamais deixar de buscar na Casa de Deus o ensinamento da Palavra (por isso que Deus deu uns para mestres), bem como a comunhão com outros que, assim como eu, também são templo.
O Espírito Santo que em nós habita, é quem melhor sabe o quanto precisamos da Casa de Deus.  
Sei que a igreja em si é apenas uma construção, mas, quando tal construção está de acordo com a Bíblia, logo poderemos encontrar lá: ensinamentos espirituais, conforto para a alma, auxílio financeiro e a mão amiga de um grupo de irmão que devem transmitir amor, e um local para juntos adorarmos o Senhor.
Acredito que a falta de conhecimento do que é a igreja e qual a sua função, é a grande causa de tantas ideias heréticas (mais uma vez o povo de Deus vai sendo destruído porque lhe falta conhecimento). Nós não vamos à igreja para encontrarmos Deus. Muito pelo contrário, nós só vamos para a igreja porque Ele já habita em nós. A ideia de que a igreja é o local onde eu posso encontrar Deus, faz com que os desigrejados tenham argumento quando alegam que Deus já vive em nós. Como disse, não vamos à igreja para encontrarmos Deus, porém só vamos à igreja porque já o encontramos, ou melhor, Ele já nos encontrou, e o Espírito Santo de Deus já habita-nos.
Vamos à igreja para ouvirmos a pregação da Palavra de Deus, para termos comunhão com os irmão e aprendermos mutuamente, para encontrarmos consolo e auxílio, tanto espiritual quanto material, para fortalecermos a fé mutuamente, etc. Obviamente que, como disse Jesus, onde houver dois ou mais reunidos em meu Nome, Eu estarei lá, então de certa forma também encontramos Deus, uma vez que não há sentido algum em ir à casa de alguém, sem que este alguém lá esteja.
Fazendo uma comparação um tanto quanto infantil, podemos dizer que a igreja é (ou deveria ser) a "bat-caverna" do crente.
Igreja existe para nosso auxílio, como um lugar de socorro, tal qual um aprisco, e não como um abatedouro. É verdade que está cada vez mais difícil encontrar uma igreja que esteja nos conformes bíblicos, mas com todo defeito, é bem melhor fazer parte de uma igreja imperfeita, do que não fazer parte de nenhuma. Não esqueçamos que o templo que os apóstolos continuaram frequentando, mesmo após a morte e ressurreição do Senhor Jesus, ainda era o mesmo comandado por Anás e Caifás, composto do mesmo sinédrio, e recheado de fariseus, saduceus, herodianos e etc.
Se nem Jesus viveu aqui sem ser membro assíduo de uma igreja, será que somos melhores ou mais forte do que Ele, para acharmos que não precisamos de uma?
Enfim, você pode deixar a igreja por qualquer motivo que queira, só não diga que é porque a Bíblia assim o diz (não faça de sua rebeldia uma heresia).
Ah! A propósito, "xeque-mate", a Bíblia venceu mais uma!